Imunofluorescência é uma técnica especial de microscopia que se baseia na marcação de estruturas celulares por anticorpos específicos que estão ligados quimicamente a corantes fluorescentes. Estes anticorpos ligam-se diretamente ou indiretamente aos antígenos de interesse. O corante fluorescente é submetido a uma fonte de luz de curto comprimento de onda, absorve essa luz (energia) e então emite luz com um comprimento de onda superior ao que recebeu. Dessa forma, o antígeno marcado por ser visualizado ao microscópio de fluorescência pela luminosidade que emite.
Existem dois tipos de imunofluorescência – direta (primária) e indireta (secundária), conforme ilustrado na figura 1.
Figura 1- Representação esquemática do princípio geral da técnica de imunofluorescência. No exemplo, antígenos nucleares estão marcados positivamente com anticorpo marcado com um fluoróforo Alexa-fluor 488.
Na imunofluorescência direta um anticorpo quimicamente ligado ao fluoróforo liga-se ao antígeno de interesse. Na imunofluorescência indireta (secundaria) um primeiro anticorpo (dito anticorpo primário) liga-se ao antígeno de interesse, então um segundo anticorpo que contem o fluoróforo é adicionado e liga-se com o primeiro anticorpo. Um microscópio especial é necessário para observar a presença do antígeno marcado com imunofluorescência. Estes microscópios, ditos microscópios de fluorescência possuem lasers específicos que excitam o fluoróforo e este passa a emitir uma luz colorida indicando a presença deste antígeno.